A Economia Solidária é um jeito bem diferente das pessoas se organizarem em torno do seu trabalho e dos benefícios que este pode produzir.
É um movimento de organização de homens e mulheres que, a partir do trabalho coletivo, passam a desenvolver formas de geração de renda, onde todos e todas têm suas necessidades satisfeitas e o uso dos recursos naturais é feito de forma responsável e consciente.
Na economia solidária, o trabalho não tem patrão e empregado. Os produtores e produtoras solidários se organizam em sistemas de autogestão. Ou seja, todos são responsáveis pelo empreendimento, todos decidem em conjunto e se beneficiam igualmente dos frutos gerados pelo mesmo.
Esses empreendimentos podem ser legalizados em forma de cooperativas, associações, empresas solidárias, etc., desde que valorizem e estimulem a participação de cada produtor (a). O elemento central da Economia Solidária é a pessoa humana e o bem viver coletivo.
Nela, homens e mulheres são respeitados em suas diferenças de sexo, raça/etnia, idade ou orientação sexual. Não cabem reprodução de preconceitos de qualquer natureza. Portanto, a relação é de cooperação, solidariedade e respeito entre todos e todas.
A economia solidária não é algo que aconteceu por decreto, nem é fruto de uma cabeça privilegiada que, em um momento inspirado, se deu conta de que, assim como estamos, as coisas só irão de mal a pior.
Ela é um movimento e uma prática socioeconômica mais ampla e profunda, cujas raízes históricas se encontram nas lutas e ações (só inverti a ordem) de organizações de trabalhadores (as) rurais e urbanos (as), como o cooperativismo, de movimentos populares, de grupos engajados nas universidades e nas igrejas.
Um movimento dinâmico, que se fortalece e organiza cada vez mais e que conseguiu importantes conquistas de apoio por parte dos governos nas diferentes esferas (municipal, estadual, federal)
Hoje, em todo o Brasil, são milhares de empreendimentos que trabalham com diferentes tipos de produtos e oferta de serviços, organizados por jovens e adultos, homens e mulheres do campo e das cidades. Esses empreendimentos se organizam em fóruns e redes de colaboração solidária em todos os estados.
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